Alguma vez se perguntou sobre a tecnologia que faz as suas chamadas e internet funcionar? Durante anos, dois sistemas principais, GSM e CDMA, dominaram o panorama móvel. Eles moldaram a forma como os nossos telemóveis se conectavam, e durante muito tempo, escolher um telemóvel significava muitas vezes tomar partido na competição GSM vs CDMA.
Mas com o surgimento de tecnologias mais recentes como o 5G, o antigo debate GSM vs. CDMA está a tornar-se menos relevante, especialmente para smartphones modernos. Vamos analisar como estes sistemas funcionavam, como moldaram a comunicação móvel e o que o futuro reserva.
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As Fundações Tecnológicas
Para realmente entender a diferença GSM vs CDMA, precisamos de espreitar por baixo do capô para ver como realmente funcionam.
GSM foi desenvolvido na Europa com o roaming global e a padronização em mente. Uma das suas características de destaque é o cartão SIM, um pequeno chip que armazena as suas informações de subscritor, permitindo-lhe mudar facilmente de telemóvel ao mover o SIM de um dispositivo para outro. O GSM baseia-se em duas tecnologias principais:
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TDMA (Time Division Multiple Access): Isto divide cada canal de frequência em intervalos de tempo para que vários utilizadores possam partilhar a mesma frequência sem interferir uns com os outros.
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FDMA (Frequency Division Multiple Access): A rede divide o espectro de rádio em diferentes canais. O seu telemóvel usa um desses canais durante uma chamada ou sessão de dados.
Simplificando, o GSM dá ao seu telemóvel a sua própria faixa (uma frequência) e uma vez para falar (um intervalo de tempo). Dessa forma, muitos telemóveis podem partilhar as mesmas ondas de rádio sem pisar nos sinais uns dos outros.
Para uma explicação mais detalhada, consulte o nosso guia completo sobre a tecnologia GSM.
CDMA era um sistema centrado nos EUA, popular entre operadoras como a Sprint e a Verizon. Nos seus primeiros dias, o CDMA não dependia de cartões SIM; a identidade do seu telemóvel estava diretamente ligada ao próprio dispositivo.
Pense no CDMA como uma sala onde todos estão a falar ao mesmo tempo, mas cada conversa usa um código secreto único. Só consegue ouvir a pessoa que usa o seu código; todo o resto torna-se ruído de fundo. Todos os utilizadores partilham a mesma frequência, mas cada chamada é separada usando um código digital único. Este método permitiu que muitos utilizadores partilhassem a mesma torre de forma eficiente e tornou o CDMA mais resistente à interferência.
Diferenças GSM vs CDMA: Para Além do Básico
Agora que sabemos um pouco sobre o “como”, vamos compará-los lado a lado nas características que mais importavam para os consumidores, tanto no passado como hoje. A tabela abaixo destaca as principais diferenças no longo debate GSM vs. CDMA.
Característica | GSM | CDMA |
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Identidade do Subscritor | Depende de cartões SIM para fácil troca | Usa IDs específicos do dispositivo (MEID/ESN) para identidade fixa |
Acesso à Rede | Depende de estações base para comunicar com dispositivos | Acesso baseado em código, permitindo mais utilizadores por torre |
Roaming Global | Superior: Suportado em mais de 200 países em todo o mundo | Limitado: Principalmente América do Norte, partes da Ásia |
Dados/Voz | Permite voz e dados simultâneos | Tipicamente não simultâneo |
Duração da Bateria | Pode ser maior em alguns casos (dependendo do telemóvel) | Melhor desempenho em áreas de alto tráfego devido ao uso eficiente do espectro |
Segurança | Criptografia baseada em SIM (mais flexível para utilizadores) | Controlo integrado da operadora (menos flexibilidade mas robusto) |
Congestionamento da Rede | Pode ter dificuldades em áreas lotadas | Geralmente melhor a lidar com ambientes densos |
Como Isto se Reflete para os Consumidores
A teoria é uma coisa, mas como é que a escolha GSM vs CDMA afeta os utilizadores de telemóvel no dia a dia? Vejamos alguns cenários comuns.
Troca de Telemóveis
Com telemóveis GSM, trocar de dispositivo é simples. Se o novo telemóvel for compatível com a rede GSM da sua operadora, pode geralmente remover o cartão SIM do seu telemóvel antigo e inseri-lo no novo. Esta facilidade de uso torna o GSM especialmente popular entre utilizadores que frequentemente atualizam os seus telemóveis ou valorizam a flexibilidade para alternar entre dispositivos.
Com o CDMA, o processo era diferente. O seu número de telemóvel e detalhes do serviço estavam ligados diretamente ao telemóvel pela operadora, não a um cartão SIM. Se quisesse mudar para um novo telemóvel CDMA, mesmo na mesma rede, tinha muitas vezes de contactar a sua operadora para o “provisionar”. Isto significava que eles precisavam de ativar o novo dispositivo na sua conta antes que ele pudesse aceder à rede.
Viajar para o Estrangeiro
Uma das características de destaque do GSM era a sua compatibilidade global. Com a sua ampla adoção em muitos países, um telemóvel GSM tornou-se o companheiro ideal para viagens internacionais. Além disso, podia facilmente comprar um cartão SIM local noutro país para evitar altas taxas de roaming.
Por outro lado, o CDMA tinha uma pegada global mais limitada. Se estivesse a usar um telemóvel CDMA fora da América do Norte ou de alguns países asiáticos específicos, provavelmente encontraria problemas de compatibilidade, com o seu telemóvel possivelmente não a funcionar de todo. Algumas operadoras CDMA, como a Verizon, estabeleceram parcerias de roaming global, permitindo que os telemóveis se conectassem a redes GSM no estrangeiro. No entanto, isto tipicamente exigia um “telemóvel mundial” especial projetado para suportar tanto CDMA como GSM, e as tarifas de roaming podiam ser bastante altas.
Velocidade de Dados e Desempenho da Rede
Quando se tratava de dados móveis, navegação e streaming, as tecnologias GSM vs. CDMA seguiram caminhos diferentes, pelo menos até o 4G LTE começar a unificar as coisas.
Antes do 4G LTE se tornar generalizado, o 3G era a tecnologia primária para internet móvel. O GSM evoluiu para HSPA (High-Speed Packet Access) e as suas melhorias, como HSPA+. Pense no HSPA como uma faixa mais rápida na autoestrada GSM, otimizada para dados. Geralmente fornecia melhores velocidades máximas de download para atividades como streaming de vídeos e navegação web fluída. Por outro lado, a tecnologia de dados 3G primária do CDMA era EVDO (Evolution-Data Optimized). Embora o EVDO tenha marcado uma atualização significativa das velocidades CDMA mais antigas, as suas várias revisões (Rev. 0, Rev. A, Rev. B) muitas vezes ficavam ligeiramente atrás do HSPA+ em termos de velocidade bruta e latência (quão responsiva é a ligação).
A chegada do 4G LTE mudou o panorama e esbateu as linhas do debate GSM vs. CDMA. O LTE foi projetado como um padrão global, combinando os melhores aspetos das tecnologias GSM e CDMA. Com o LTE, e ainda mais com o 5G, a história subjacente GSM ou CDMA da operadora importa menos em termos de velocidade. Ambas podem oferecer velocidades impressionantes se a rede for robusta e o dispositivo for compatível. O 5G leva isto ainda mais longe, prometendo velocidades próximas da fibra sem fios.
O Fator Custo
Quando se trata de escolher entre GSM e CDMA, o custo é um fator importante.
Como os telemóveis GSM, especialmente os desbloqueados, ofereciam mais liberdade para mudar de operadora ou usar SIMs locais no estrangeiro, eles às vezes vinham com um preço inicial ligeiramente mais alto. Isso nem sempre era verdade, mas a flexibilidade era uma característica valiosa.
As operadoras CDMA muitas vezes subsidiavam o custo dos seus telemóveis mais fortemente, o que significava que podia obter um novo telemóvel por um preço mais baixo ou até gratuito ao assinar um contrato. A letra miúda era que estava geralmente preso a essa operadora pela duração do seu contrato, e o próprio telemóvel estava muitas vezes bloqueado à sua rede, limitando as suas opções futuras.
Operadoras GSM (como T-Mobile e AT&T nos EUA) tendiam a oferecer pacotes de roaming internacional mais competitivos e opções de plano mais flexíveis, atraindo viajantes frequentes ou aqueles que não queriam contratos de longo prazo.
No entanto, o foco das Operadoras CDMA (por exemplo, Verizon e anteriormente Sprint) era tipicamente forte nas suas redes domésticas, particularmente na América do Norte. Embora a Verizon, por exemplo, tenha roaming internacional robusto, a precificação principal e os planos eram muitas vezes construídos em torno da sua poderosa rede nos EUA.
A longo prazo, o GSM podia poupar-lhe dinheiro. A flexibilidade para mudar para uma operadora mais barata se surgisse um negócio melhor, vender o seu telemóvel desbloqueado por um bom preço, ou usar cartões SIM locais acessíveis enquanto viajava podia levar a poupanças significativas. Com menos “bloqueio da operadora”, o GSM oferecia mais liberdade em comparação com o CDMA.
Em contraste, os utilizadores CDMA muitas vezes encontravam-se presos a dispositivos e operadoras específicos por períodos mais longos. Se quisessem mudar de operadora antes do fim do contrato, as taxas de rescisão antecipada eram um obstáculo comum. Além disso, como os telemóveis CDMA eram tipicamente mais difíceis de desbloquear ou usar noutras redes, o seu valor de revenda era muitas vezes menor.
A Ascensão do LTE e 5G: Uma Nova Era
A antiga competição entre GSM e CDMA desapareceu maioritariamente com a ascensão de tecnologias mais recentes. O LTE (Long-Term Evolution) mudou o jogo. Foi projetado como um padrão global para dados móveis de alta velocidade, e tanto as redes GSM como CDMA concordaram em evoluir para ele.
O LTE oferece velocidades de dados muito mais rápidas, menor latência (tempos de resposta mais rápidos) e melhor capacidade de rede do que as tecnologias 3G mais antigas como GSM (HSPA) e CDMA (EVDO). Usa uma tecnologia de rádio mais eficiente chamada OFDMA (Orthogonal Frequency Division Multiple Access), que é melhor do que a que o GSM e o CDMA usavam antes. Operadoras em todo o mundo atualizaram para LTE, pelo que a maioria dos telemóveis modernos são construídos para priorizar o LTE, com suporte para redes mais antigas onde necessário.
Se o LTE começou a acabar com o debate GSM vs. CDMA, o 5G está a terminá-lo. O 5G é a próxima geração, oferecendo velocidades ainda mais rápidas, menor latência e a capacidade de conectar muito mais dispositivos (como os da Internet das Coisas). Novos telemóveis estão a ser construídos para o 5G como a rede primária, com o LTE como backup. As tecnologias 2G/3G antigas de GSM e CDMA estão a tornar-se menos relevantes.
O 5G baseia-se em princípios que são mais padronizados globalmente do que o LTE. É projetado para ser uma rede flexível, definida por software, para muitos usos diferentes. Isto significa que as antigas distinções GSM e CDMA estão agora a tornar-se história para os consumidores. O foco está agora em quais bandas 5G o seu telemóvel suporta e quais operadoras oferecem a melhor cobertura e desempenho 5G.
IoT e Além: GSM, CDMA e o Futuro
Enquanto o debate GSM vs CDMA para consumidores terminou, partes destas tecnologias ainda desempenham um papel, especialmente na Internet das Coisas (IoT).
Por exemplo, tecnologias baseadas em GSM, como GPRS mais antigo, bem como NB-IoT e LTE-M mais recentes (que fazem parte da evolução 4G/5G do GSM), são amplamente utilizadas em dispositivos IoT, como contadores inteligentes, rastreadores e monitores de saúde.
Um bom exemplo é uma empresa que usa rastreadores baseados em GSM na sua frota de transporte internacional. Estes rastreadores dependem da vasta rede GSM para enviar dados de localização, são eficientes em termos de bateria e são baratos de operar.
Em contraste, redes CDMA 2G/3G mais antigas (ainda disponíveis em algumas áreas rurais da América do Norte) podem suportar alguns dispositivos IoT isolados. No entanto, à medida que estas redes são desativadas, a maioria das aplicações está a migrar para tecnologias mais recentes como LTE-M. O papel do CDMA na IoT está a tornar-se muito mais limitado em comparação com soluções baseadas em GSM.
Se quiser continuar a aprender mais sobre as tecnologias mais recentes como LTE e 5G, temos esta comparação para si.
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FAQs
E se o Meu Telemóvel Estiver Bloqueado GSM ou CDMA?
Um telemóvel bloqueado só funcionará com a operadora que o vendeu. Os telemóveis GSM são muitas vezes desbloqueados pela operadora para usar outros cartões SIM. Os telemóveis CDMA são mais difíceis de desbloquear porque estão ligados ao identificador único do dispositivo (MEID ou ESN), e o desbloqueio tipicamente requer intervenção da operadora.
O Meu Telemóvel é CDMA ou GSM?
Para telemóveis mais antigos, verifique se há um slot para cartão SIM – isto é comum em telemóveis GSM. Nas definições do seu telemóvel, pode ver “GSM” ou “CDMA” listado sob informações de rede. A sua operadora também pode ser uma pista (por exemplo, AT&T/T-Mobile para GSM; Verizon/Sprint para CDMA nos EUA). A maioria dos telemóveis modernos suporta tanto GSM como CDMA para 4G LTE e 5G, o que significa que podem funcionar em qualquer tipo de rede, embora já não dependam de GSM/CDMA tradicionais para chamadas de voz devido aos avanços na tecnologia LTE/5G.
Posso Usar um Telemóvel CDMA Numa Rede GSM?
Um telemóvel puramente CDMA (um sem rádio GSM) não funcionará numa rede GSM. No entanto, “telemóveis mundiais” feitos por operadoras CDMA tinham suporte duplo para CDMA e GSM, permitindo-lhes funcionar em redes GSM internacionalmente.
O CDMA Está Mesmo a Ser Desativado?
Sim, as redes CDMA estão a ser desativadas. A Verizon e outras operadoras desativaram, ou estão em processo de desativar, as suas redes CDMA 2G/3G mais antigas a favor das redes 4G LTE e 5G, que evoluíram a partir dos princípios GSM. Isto marca o fim da era GSM vs CDMA para redes móveis.
Os Telemóveis GSM Conseguem Lidar Com Sinais CDMA?
Não, os telemóveis GSM padrão não conseguem entender sinais CDMA. Eles usam diferentes tecnologias de rádio e protocolos de comunicação para interagir com torres de celular.