A Patagónia é a parte mais a sul da América Latina e inclui partes da Argentina e do Chile. É um lugar único para visitar, com paisagens incríveis e muitas caminhadas de aventura.
Neste artigo, levá-lo-emos numa viagem pelas principais atrações da Patagónia, incluindo o icónico Parque Nacional Los Glaciares e o remoto Cabo Horn. Além disso, descobrirá vida selvagem e ecossistemas únicos, dicas essenciais de viagem e um mergulho profundo na fascinante história cultural da região. Pronto(a) para a aventura de uma vida?
Foto por Parsing Eye em Unsplash
De todas as regiões que pode encontrar na extensa América Latina, nenhuma é tão única e fascinante quanto a Patagónia. Estende-se do Rio Colorado, na Argentina, e do Rio Biobío, no Chile, até ao ponto mais a sul do continente, o Cabo Horn. De lá, apenas a Passagem de Drake a separa da Antártida.
Devido à sua localização, já sabe que vai ser frio, e é. De facto, muitas pessoas viajam para lá para admirar os glaciares e campos de gelo, e muitas mais para fazer trekking nas altas montanhas. É um destino ideal para aventureiros, para pessoas que adoram passar dias e até semanas ao ar livre. Acampar sob as estrelas deslumbrantes, ver a fauna selvagem, explorar os muitos parques e atravessar as paisagens belas, porém selvagens.
Principais Atrações na Patagónia
Parque Nacional Los Glaciares, Argentina
Parque Nacional Los Glaciares é um dos parques naturais mais visitados do mundo. Abrange uma área enorme, mais de 7.000 quilómetros quadrados no total, com muitos terrenos diferentes. Uma das suas principais atrações é o Glaciar Perito Moreno. Se souber um pouco sobre glaciares, talvez já tenha ouvido falar deste. É bastante famoso, pois é um dos únicos glaciares no mundo que não está em retração ativa. De facto, está a avançar! Também é bastante ativo. Se o observar por algum tempo, verá grandes pedaços de gelo a partir-se e a cair nas águas abaixo.
Mas essa não é a única atração, há também o Fitz Roy, em Cerro Chaltén. Tem tudo o que um montanhista sonha. É alto (3.405 m), é irregular, é dramático e os seus picos de granito são icónicos. Existem várias rotas ao redor do parque onde pode ter vistas espetaculares do Fitz Roy. Particularmente os trilhos que levam à Laguna de los Tres e à Laguna Capri.
Foto por Hans-Jürgen Weinhardt em Unsplash
A Estepe Patagónica; Argentina e Chile
Uma das paisagens mais reconhecíveis da Patagónia. Vai desde os Andes até ao Oceano Atlântico e é partilhada entre o Chile e a Argentina. É surpreendentemente diferente das montanhas e glaciares, com vastas planícies abertas que parecem quase infinitas, quase sem elevação, arbustos baixos e muita vida selvagem. O terreno ali é bastante único, como uma mistura de deserto e pastagem. Se estiver à procura de um lugar diferente para ficar, pode visitar as Estâncias e participar na vida rural. Lá, pode fazer passeios a cavalo, assistir a demonstrações de tosquia de ovelhas e fazer tours culturais com os gaúchos.
Existem mais do que alguns lugares interessantes em todas essas vastas planícies, como a Caverna das Mãos. É um Património Mundial da UNESCO e, lá dentro, encontrará pinturas de 9.000 anos dos habitantes originais da área. É incrível pensar quão drasticamente diferente era a vida deles e como, depois de tanto tempo, podemos saber que existiram pelas suas pinturas de vida selvagem e as impressões das suas mãos.
Cabo Horn, Chile
O extremo mais a sul da América Latina e também o ponto onde o Atlântico encontra o Pacífico. Pelo seu isolamento, é comumente conhecido como o “Fim do Mundo”, e na verdade não faz parte do continente propriamente dito, mas sim da Ilha Horn do Arquipélago da Terra do Fogo.
Lá, pode visitar o Parque Nacional Cabo de Hornos, que só é acessível de barco. Deve mesmo levar a sua máquina fotográfica para guardar a memória vívida das paisagens selvagens, as visuais incríveis dos penhascos acidentados e a costa dramática. Se optar por caminhar lá, terá vistas panorâmicas incríveis do Oceano à beira do mundo, ou pode fazer um tour pela ilha inteira se desejar ver melhor a paisagem. Existe também o Monumento Cabo Horn, in memoria de todos os marinheiros que navegaram nas águas traiçoeiras durante a Era da Vela.
Foto por Birger Strahl em Unsplash
Vida Selvagem e Ecossistemas da Patagónia
Se pensa que uma região assim mal poderia sustentar vida, pense novamente. A Patagónia é surpreendentemente fértil no que diz respeito à vida selvagem. E como os seus terrenos e habitats são bastante variados, também são os animais que lá pode encontrar. Se procura espécies únicas e endémicas, há o guanaco, semelhante à lhama e bastante comum na estepe. Há também o condor-dos-andes, uma das maiores aves voadoras do mundo; o puma, o predador de topo na Patagónia; e o pinguim-de-magalhães, pequenos pinguins encontrados às centenas de milhares na costa da Patagónia.
Foto por Chris Stenger em Unsplash
Embora a área seja remota e ainda pareça bastante selvagem, isto não significa que a vida selvagem não esteja ameaçada. Os humanos têm-se expandido, ocupando mais terra para agricultura e criação de gado, o que destrói e fragmenta os habitats naturais. Existe também a ameaça das alterações climáticas, com o aumento das temperaturas a modificar os padrões de chuva, o que afeta o abastecimento de alimentos de muitas espécies.
Mas nem tudo é mau; têm sido feitos muitos esforços para manter a biodiversidade segura. A proteção da população de baleias na Península Valdés, que é um local de reprodução, é bastante bem-sucedida. Ou os programas para controlar as espécies invasoras e proteger as endémicas. A criação de parques nacionais na área também contribuiu para salvar outras espécies, como o huemul.
Turismo de Aventura na Patagónia
Já sabe que a Patagónia é um destino incrível para aventureiros, mas provavelmente quer saber mais sobre todas as atividades divertidas que pode fazer com os seus amigos e família.
Trekking no W Trek no Parque Nacional Torres del Paine
Se procura uma rota de caminhada icónica, então tem de experimentar o W Trek. Mas esteja preparado(a), isto não é um passeio no parque. Estamos a falar de muitos dias de percurso para cobrir os 75 quilómetros pelo coração do Parque Nacional Torres del Paine. Mas por mais difícil que seja, também é muito gratificante. Cada região que atravessa é diferente da anterior. Há terreno montanhoso acidentado, florestas e lagos glaciares. É também uma ótima oportunidade para admirar a vida selvagem, uma vez que estará em contacto direto com a natureza durante quase uma semana.
Caiaque nos Fiordes da Terra do Fogo
Se deseja uma forma diferente de explorar a Terra do Fogo, pode juntar-se a um tour de caiaque! É uma ótima maneira de explorar as águas mais a sul do mundo. Com um caiaque e um guia, pode aceder a áreas que de outra forma seriam quase impossíveis de alcançar, e levá-lo-á por muitas paisagens incríveis. Há fiordes dramáticos, praias isoladas e, por vezes, até glaciares. Enquanto rema pelas águas cristalinas, pode encontrar leões-marinhos, pinguins e, por vezes, baleias. Se estiver decidido(a), planeie a viagem para o verão, pois os ventos podem ser frios e o clima imprevisível noutras estações.
Caminhada no Gelo no Glaciar Perito Moreno
Se as suas pernas e braços não estiverem doridos de todas as aventuras anteriores, vai adorar o Glaciar Perito Moreno. Já falámos sobre ele, mas sabia que pode fazer caminhadas nele? Precisará de um guia, claro, mas é uma experiência que vale a pena ter. Mesmo que seja difícil. Envolve colocar crampons e fazer a travessia pelos campos de gelo do glaciar, fendas e imponentes paredes de gelo. Também é bastante educativo; o seu guia explicará muito sobre as diferentes formações de gelo e a singularidade geológica da região, bem como os efeitos das alterações climáticas.
A História Cultural da Patagónia
Povos Indígenas
Tal como o resto da América Latina, e como já viu na Caverna das Mãos, a região foi habitada muito antes da chegada dos europeus. O grupo indígena mais conhecido da Patagónia é o Mapuche. São caçadores-coletores, mas praticam um pouco de agricultura e criam lhamas.
O povo Tehuelche era mais nómada, percorrendo a estepe patagónica e caçando guanacos selvagens e outros animais. Os Selk’nam, também conhecidos como Ona, eram nómadas como os Tehuelche, e a sua cultura é muito rica, cheia de rituais, mitologia e muitas cerimónias. Foram um dos povos mais afetados, e tal como os Yamana, poucos deles sobrevivem hoje.
Exploração Europeia
Os europeus chegaram à Patagónia por volta do século XVI, depois de o resto da América Latina já estar a ser ativamente explorado e conquistado. Fernão de Magalhães foi um dos primeiros a navegar nas águas e a explorá-las. O nome Terra do Fogo (Land of Fire) vem dos fogos que ele e a sua tripulação viram na costa, e o Estreito de Magalhães recebeu o seu nome.
Depois disso, durante séculos, a terra foi quase esquecida pelo mundo. Em 1833, Charles Darwin chegou para observar a vida selvagem e a geologia, bem como as culturas indígenas. Mais tarde, nesse século, o explorador e cientista argentino Francisco P. Moreno desempenhou um papel fundamental no mapeamento da área. Para honrar as suas muitas contribuições, o maior glaciar da Patagónia recebeu o seu nome.
Patagónia Moderna
Como grande parte da América Latina, a Patagónia é hoje uma região multifacetada, com uma cultura incrível e única, nascida da mistura entre a colonização europeia e a herança indígena. Embora a sociedade desfrute de todas as vantagens da cultura moderna, há um movimento crescente para revitalizar e salvar as línguas e tradições indígenas na Patagónia. Com festivais culturais e um maior reconhecimento dos direitos indígenas no Chile e na Argentina. O crescimento do turismo ajudou a economia local e é uma das principais forças por trás dos esforços de conservação nos parques nacionais.
Foto por Jack Prommel em Unsplash
Dicas Essenciais de Viagem para a Patagónia
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Melhor Época Para Visitar a Patagónia
A melhor época para visitar é durante os meses de verão, de dezembro a março no Hemisfério Sul. As temperaturas são mais altas, a vida selvagem é mais visível e as rotas de caminhada são muito mais seguras. Durante o inverno, de junho a agosto, embora as temperaturas sejam muito mais baixas, também há menos visitantes por perto, e o clima é perfeito para desportos de inverno. A primavera e o outono também são ótimos meses para visitar, com um melhor equilíbrio entre os benefícios do verão e do inverno.
Proteja o ambiente
Participe no ecoturismo tanto quanto puder durante a sua viagem. Existem regras simples que pode seguir. Como, usar garrafas de água reutilizáveis, e reembalar qualquer lixo que crie para que possa ser reciclado ou tratado num local apropriado. Também pode reembalar os seus snacks em recipientes reutilizáveis e usar sabão biodegradável. Mesmo os seus resíduos pessoais podem afetar o ecossistema, por isso, tente usar as casas de banho designadas ou traga sacos biodegradáveis se for fazer caminhadas mais longas.